A história contada cara a cara

À esquerda da foto acima começa, ou melhor, termina o rio Içana; à direita, continua o rio Negro a subir descendo pelo noroeste da Amazônia. Este é um dos cenários da matéria que abre este espaço onde o jornalismo é a meta, um jornalismo que de novo tem um velho nome, apenas, e cultua a prosa, a notícia relatada em detalhes, com começo, meio e fim, em ordem ou entremeados, tudo o máximo possível na voz dos entrevistados, ouvidos ao vivo, in loco, em seus lugares de fala. O relato que abre este site é sobre uma parte da Amazônia ainda não queimada, com histórico de garimpo, porém preservada, é sobre o movimento indígena local, tradicional, sobre São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, e sobre uma certa aldeia, muito mais chamada por lá de comunidade, Irari Ponta, na margem do Içana, com suas vinte e duas casas.  Sou Luis Edmundo Araujo, nascido em 1972, criado e baseado no Rio de Janeiro e jornalista desde os 20, como estagiário, depois repórter, depois redator cobrindo férias de editor no jornal O Fluminense, de Niterói, o único veículo ainda vivo, até quando não sei, dos cinco, seis ou sete jornais ou revistas onde trabalhei, e eu aqui continuo tentando, agora por conta própria, independente, livre para praticar o jornalismo que mais prezo, o velho novo que é, sim, jornalismo literário.