Acerca de

Baniwa, Tukano, Koripako, Kanamari, Marubo, Matis, Mayuruna, Tariano, Baré, Manchineri, Jaminawa, Wajãpi, Ashaninka, Palikur, Karipuna, Tiriyó, Wapichana, Wai Wai, Katxuyana, Ingarikó, Taurepang, Macuxi, Patamona, Tuyuka, Ticuna, Kampa, Kokama, Yanomami, Sateré Mawé, Aparai e Wayana são povos indígenas da Amazônia representados pelos mais de 80 entrevistados neste livro. Boa parte deles e delas está na capa deste site junto com representantes quilombolas, todos atacados sem trégua durante quatro anos, prejudicados institucionalmente por medidas e outras tentativas de um governo federal que atuou sempre em favor de garimpeiros, pescadores, madeireiros, pastores brasileiros e estrangeiros e demais invasores de suas terras. Outros poucos não indígenas ajudam a mostrar como esses povos originários passaram por mais este momento de ameaças, agressões, mortes e perdas irreparáveis na história deles, anterior a de qualquer outra raça, cor, credo ou etnia na terra abordada.

Os limites da Amazônia brasileira, as cidades da região, as fronteiras, um pouco também de outros países, são os cenários deste livro que começou com a ideia de uma matéria, publicada pelo Projeto Colabora. A possibilidade de um livro passou a ser pensada com o convite para a segunda viagem, feito pelo antropólogo Luiz Costa, especialista no Povo Kanamari, falante da língua kanamari. A consolidação do projeto e a ideia de que, sim, seria possível concretizá-lo ao longo dos quatro anos do mandato presidencial abordado veio após a terceira viagem, em plena pandemia, ao Acre, onde a resiliência dos povos Jaminawa e Manchineri contra o Covid não deixou de dar alguma esperança em meio aos ataques governamentais, um fiapo de otimismo reforçado pelas diversas culturas e línguas preservadas, pelas histórias e lendas que sobrevivem, ainda, contadas por eles próprios, indígenas e quilombolas, em entrevistas todas cara a cara.